sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Nós também somos fãs de Avenida Brasil.

Quer saber por quê?



Se você não é brasileiro, não lê jornal, não acompanha redes sociais, você não sabe. Mas, já que está nos visitando aqui no blog é porque acessa algum tipo de informação virtual e já deve saber: hoje é o capítulo final da novela Avenida Brasil. E antes que você torça o nariz para esse programa tão tipicamente brasileiro, saiba que o autor também deu uma força para o incentivo à leitura: a personagem Nina queria abrir os olhos do jogador Tufão sobre a traição da Carminha, a vilã máxima da trama, e fez isso indicando para ele livros que falam sobre traição, segredos, mortes.

O primeiro, óbvio, foi Madame Bovary, do Flaubert.
Logo em seguida foram dois do Machado de Assis, Dom Casmurro, o clássico do questionamento sobre traição, e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Depois foi a vez de A Metamorfose, do Kafka, e O Primo Basílio, uma obra prima do português Eça de Queiroz.

Pelo jeito a estratégia funcionou: Tufão, numa tentativa de declarar seu amor pela cozinheira, deu a ela O Livro dos Sonetos, de Vinícius de Moraes.

Até Adauto, personagem que era jogador de futebol e virou gari, teve seu momento leitura, com O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry.

A própria trama da novela, que gira em torno de vingança e histórias do passado que se repetem, tem muito de O Conde de Monte Cristo, do francês Alexandre Dumas.Sem falar da auto-referência de O Primo Basílio: uma parte da vingança orquestrada por Nina foi trocar de lugar com a patroa Carminha, e colocá-la pra fazer todo seu serviço da casa.



Nós aqui da AJL acreditamos que toda forma de levar a leitura para as pessoas é válida. Se for em horário nobre, e em rede nacional, e citando os nossos queridinhos da literatura mundial, melhor ainda.

Por causa disso, também somos fãs de Avenida Brasil. #OiOiOi

quarta-feira, 17 de outubro de 2012